
BRASIL-EUROPA
PROCESSOS CULTURAIS EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BRASIL-EUROPA
PROCESSOS CULTURAIS EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Kulturinstitut Komponistinnen gestern - heute e.V. Heidelberg
O programa de interações internacionais para a renovação de perspectivas e práticas culturais iniciado na Alemanha em 1974 teve como uma de suas preocupações a valorização da mulher na história cultural, das artes e da música.
Esse intento justificava-se pelas suas origens no movimento que já há dez anos, no Brasil, procurava uma renovação de disciplinas teóricas de natureza cultural através do direcionamento da atenção a processos, revendo colocações, posicionamentos e situações reconhecidas como insuficientemente consideradas e injustas.
Primeira personalidade a lembrar nesse contexto a injustificável pouca consideração da mulher na música foi Renata Braunwieser. Esta regente, musicisita e pesquisadora distinguiu-se por relacionar questões femininas com aquelas de minorias quanto a orientação de gênero. Estudos relativos a compositoras brasileiras foram desenvolvidos no Centro de Pesquisas em Musicologia então criado na sociedade Nova Difusão.
Em trabalhos desenvolvidos nas áreas de Etnomusicologia e História da Música da Faculdade de Música e Educação Artística do Instituto Musical de São Paulo entre 1972 e 1974, consideraram-se várias musicisitas e compositoras brasileiras. Entre as muitas personalidades consideradas, pode-se citar Ninfa Glasser Leme e, na questão da Educação Musical, Irvany Bedaque Frias.
Na Semana da Arte de São Paulo, em 1974, considerou-se o problema de mulheres compositoras em audição de Lourdes França. Outros nomes de particular significado no debate de então foram Dinorah de Carvalho, Menininha Lobo e Lina Pires de Campos.
A mulher na vida musical considerada na Europa: Maura Moreira
Com o início do programa de interações na Europa, entre as personalidades que se destacaram na consideração do problema da mulher nas artes e na música foi a cantora E. Gwinner, em Lüneburg e Hamburg.
Desde a centralização do programa em Colonia, a principal personalidade que sempre trouxe à tona do debate questões relativas à mulher foi a cantora Maura Moreira, vulto líder do círculo de brasileiros da cidade.
Maura Moreira distinguiu-se por relacionar a questão feminina com aquela de preconceitos raciais, tematizando os problemas da mulher de cor nas artes em geral e na música.
Beatriz de Freitas Salles e o Kulturinstitut Komponistinnen gestern-heute
Em 1992, Beatriz de Freitas Salles, pianista que residia desde 1987 em Munique, membro da Sociedade Brasileira de Musicologia, entrou em contato com o representante da sociedade na Europa expondo o seu plano de promover um encontro de compositoras brasileiras dentro do Festival de Outono do Kulturinstitut Komponistinnen gestern- heute e.V. em Heidelberg.
A sua presidente, Roswitha Sperber, mostrava-se interessada em promover o projeto, cujo objetivo era o de divulgar a obra de compositoras brasileiras bem como discutir a situação das mesmas no cenário internacional. Para situá-las dentro do panorama musical brasileiro, o instituto convidava o editor a proferir uma conferência para o Instituto.
Este, criado em 1987, originara-se do festival internacional „Compositoras ontem e hoje“, criado pela cantora Roswitha Sperber e apoiado pela cidade Heidelberg e pelo Estado de Baden-Württemberg, e que tinha como finalidade executar composições de mulheres de todos os séculos.
O Festival foi desde o início marcado por internacionalidade, nele participando destacadas musicistas de vários países, em especial também da Europa do Leste. Em cooperação com o Instituto de Musicologia da Universidade de Heidelberg, passou-se a dedicar trabalhos de pesquisa a questões relacionadas com a mulher na música.
Considerando-se que no mesmo ano realizava-se o II Congresso Brasileiro de Musicologia pelos 500 anos do Descobrimento da América, o I.S.M.P.S., orientador científico do evento, sugeriu que seria oportuno uma participação do Komponistinnen gestern-heute no mesmo. Tematizar-se-ia assim o problema da mulher no âmbito de cinco séculos de história da colonização do continente.
No Rio de Janeiro, as representantes do projeto encontraram particular apoio e compreensão por parte de Sonia Vieira, diretora da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, instituição sede do Congresso.Também vieram de encontro à orientação da Academia Nacional de Música, cujos trabalhos são marcados por acentuada presença feminina. Desse encontro nasceram impulsos para a criação de rêdes de musicistas e compositoras no Brasil.
O tema permaneceu como dos mais intensamente considerados pela A.B.E. e pelo I.S.M.P.S. nos anos que se seguiram. Assim, executaram-se obras de compositoras brasileiras no congresso de abertura do triênio de estudos pelos 500 anos do Brasil em Colonia, em 1999. Em 2003, em cooperação com o I.S.M.P.S. o tema foi tratado em seminário dedicado aos Gender Studies na Universidade de Bonn.
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