Quando, em 1919, estruturou-se, em Salzburg, Áustria, uma academia constituída por estudantes e professores do Mozarteum preocupados com a renovação cultural européia após a Primeira Guerra Mundial, cujos membros emigrariam em parte para o Brasil, a problemática relacionada com a emancipação de configurações nacionais que haviam constituído a monarquia Áustro-Húngara era de premente atualidade.

A situação de Ljubljana (Laibach), centro militar e  cultural importante do antigo império, era marcada por transformações étnicas e culturais.

Em 1976, realizou-se uma primeira viagem de estudos a Ljubljana e a outras cidades da atual Eslovênia. A partir de 1977, questões culturais da região foram consideradas sob o ponto de vista da cooperação internacional nas áreas da pesquisa da música sacra e da Etnomusicologia.

Uma nova e mais intensiva fase dos estudos relacionados com a Eslovênia, agora país pertencente à União Européia, foi iniciada com uma viagem de estudos a Ljubljana em 2014. O principal objetivo desse empreendimento foi o de observar tendências locais na consideração de temas culturais e procurar caminhos adequados para o tratamento de questões referenciadas segundo o Brasil.

Procurou-se tecer paralelos quanto ao desenvolvimento de sentidos de identidade nacional e memória, e as transformações que se impõem com o questionamento de concepções estáticas de identidade e de suas essencializações. Observou-se a política cultural eslovena no tratamento de questões históricas, em particular das instituições e dos eventos que se realizam no burgo da cidade.

Devido ao centenário da eclosão da Primeira Guerra, uma atenção especial foi dada aos problemas resultantes de deslocamentos populacionais, em particular da saída da parcela populacional de língua e cultura alemãs.

Os trabalhos da A.B.E. relacionados com a Eslovênia encontram-se em fase promissora de desenvolvimento graças à presença de eslova no Centro de Estudos Brasil-Europa, o que facilita a comunicação e o tecimento de rêdes de contatos.